sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comunicado MUSP

O Movimento de Utentes de Saúde Pública do Distrito de Évora, vem manifestar o seu protesto, na sequência da reunião do Conselho de Ministros de ontem dia 29 de Setembro, onde uma das medidas aprovadas foi a revisão da isenção das taxas moderadoras. O governo PSD/CDS, ao mesmo tempo que anunciou uma alteração nos critérios de isenção – que em parte ficarão dependentes de um rendimento por sujeito passivo do agregado familiar inferior a 1,5 do IAS – alargando assim o número de pessoas fora deste regime, impondo aos Portugueses, um aumento brutal no valor das taxas moderadoras na saúde, confirmando a sua intenção de proceder, durante o mês de Outubro, a uma revisão da tabela de taxas moderadoras que afastará milhares de cidadãos do acesso aos cuidados de saúde.

Os Portugueses estão todos os dias a ser “bombardeados”, com medidas anunciadas pelo Governo, que simplesmente ignoram as necessidades primárias de um ser humano. O Governo PSD/CDS prossegue com a política iniciada pelo anterior Governo PS de liquidação do Serviço Nacional de Saúde e na entrega deste sector aos interesses dos grupos económicos privados, transformando assim o direito à saúde num negócio privado.

Agravando o custo de bens e serviços essenciais, cortando no rendimento, nos salários e pensões de trabalhadores e reformados, empurrando milhares de pessoas para o desemprego, liquidando e encerrando serviços de saúde, aumentando o custo com os medicamentos, despedindo profissionais de saúde, aumentando as taxas moderadoras, a política em curso está a condenar o povo português a um retrocesso sem precedentes que colocará em risco vidas humanas.

Os cortes na área da Saúde, não podem ser encarados como uma área em que simplesmente se tem de reduzir custos, devido a isso, o MUSP alerta que estes cortes não podem por em risco aspectos essenciais dos Serviços de Saúde prestados aos cidadãos. Cada medida tomada pelo Governo devia ter como aspecto central “ Nunca ferir o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde! E nunca atingir direitos constitucionais”, mas os mesmos estão todos os dias a ser alvo de ataque por parte do Governo.

O MUSP, ao mesmo tempo que manifesta a sua preocupação com esta política de desastre e agressão ao povo português, vai desenvolver acções de luta em torno da defesa do SNS e apela à participação das populações, dos utentes, dos profissionais dos serviços de saúde para que ergam a sua voz contra estas medidas e contra o rumo a que as mesmas estão a conduzir centenas de famílias Portuguesas.

O MUSP, estará sempre ao lado da população do Distrito de Évora e está atento as consequências de mais estas medidas e se for necessário desenvolver acções de luta para combater este ataque aos utentes do SNS, assim o faremos.

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